✎ Por Fernanda Fusco
Outra atividade de artes que fiz com a turminha de Infantil I (4~5 anos) relacionada ao Nordeste
(do tema gerador Viajando pelo Brasil) foi a produção de xilogravuras.
Como a sequência envolvia as diferentes linguagens e o foco de nossos estudos deste ano no grupo de professores é Literatura Infantil, comecei conversando com eles sobre literatura de cordel e apresentando alguns vídeos do canal Cordel Animado (#fikadika). Também li o cordel O Barato da Barata, do livro Cordelinho (Chico Salles), e mostrei para eles alguns que vieram do nordeste a fim de apreciarem suas capas e entenderem o que são xilogravuras.
(do tema gerador Viajando pelo Brasil) foi a produção de xilogravuras.
Algumas das nossas xilogravuras já prontas! |
Um dos vídeos do Cordel Animado. Acesse o canal deles para conhecer outros!
Enquanto os cordéis circulavam de mesa em mesa, observei algumas crianças que os abriam e olhavam durante algum tempo para as suas páginas cheias de poesias e sem ilustrações:
Prô: O que vocês estão fazendo?
Criança: Lendo, né, prô!
Após toda essa apresentação, fomos para o nosso ateliê de artes colocar as mãos na obra! A proposta era de que fizéssemos xilogravuras para virarem bandeirinhas que enfeitariam parte do corredor para o dia da Festa Junina.
As crianças desenhando com lápis nas bandejas de isopor |
"Só que eu achei meio feio, prô!"
Realmente as nossas xilogravuras não saíam exatamente iguais aos desenhos do suporte e nem tão nítidas quanto as dos cordéis apresentados, mas o importante, como toda atividade de artes na Educação Infantil, é o processo em si!
Em seguida, cada criança recebeu uma bandeja de isopor e propus para que fizessem os seus desenhos utilizando lápis preto. É claro que o grafite do lápis mal aparecia na superfície, mas foi no segundo passo que a magia aconteceu: com pincel, eles espalharam nanquim preto nas bandejas e carimbamos em folhas de sulfite coloridas (também utilizadas nas capas de cordéis). A cada uma dessas "carimbadas" as meninas e meninos se surpreendiam mais, porque dependendo da pressão que colocavam no isopor os desenhos saíam mais claros, mais escuros, com mais detalhes, faltando alguns...
Hora de passar o nanquim! |
Foi uma experiência bastante interessante, já que adoraram carimbar, compararam a textura do nanquim com outras tintas (ele é bem ralinho e rende mais!), compreenderam como se dá o processo das xilogravuras e apreciaram as obras dos amigos! Nosso varal com as bandeirinhas também ficou uma graça! <3
Parabéns, belo trabalho!
ResponderExcluirObrigada, Lu! <3
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